terça-feira, 30 de dezembro de 2008

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Aaaaah, o famigerado último post do ano. Não podia passar batido. Veio quase junto com os dias novos que estão virando a esquina, mais o importante é o que mais importa. Como todo ser pensante que se preza, tenho algumas considerações a fazer sobre esse maravilhoso ano que já ensaia as despedidas e sobre as coisas igualmente maravilhosas - ou não tanto - que aconteceram nos dias que sucederam.
Siim, eu disse mesmo maravilhoso ano. Maravilhoso, porque passei nos dois vestibulares que prestei; porque comecei o curso que queria e na Universidade que queria; porque me apaixonei e desapaixonei (e me apaixonei definitivamente ;**); porque aprendi; porque chorei mesmo; porque ri mesmo; porque me diverti como nunca; porque não me reprimi *:D*; porque fui lá e fiz; porque tive primeiros e últimos (mais primeiros que últimos, felizmente); porque (me) descobri; porque fiz novos amigos e colegas; porque li; porque ouvi música; porque vivenciei primeiros; porque me senti.
Porque, nos derradeiros últimos 60 segundos do dia 31 de dezembro, quando todo mundo, conscientemente ou não, vai parar para olhar pra trás e fazer aquela indispensável retrospectiva, eu vou poder encher a boca pra dizer que não me arrependo de absolutamente nada que tenha feito ou deixado de fazer.
(Por sinal, a única coisa da qual poderia me arrepender acabou me trazendo a melhor coisa que me aconteceu nesse ano e em todos os outros. Mesmo. Aí que, ainda que aquilo tenha trazido um certo arrependimento no começo e tenha me chateado, hoje, eu só posso agradecer por ela. Indiretamente, mas obrigada mesmo assim.)
Enfim, porque posso dizer - sem medo de ser feliz - que 2008 foi o melhor dos anos.
E, justamente, eu preciso agradecer a algumas pessoas que possibilitaram um ano tão perfeito. Não que elas irão ver isso, mas quero agradecer mesmo assim *\o/*
~ Mammys & Pappys. E vou dar a tão clichê quanto verdadeira explicação de que eu seria literalmente nada sem eles. fato.
~ Márcio. Porque, tirando meus pais (que, of course, correm por fora), está no topo da lista das pessoas que fizeram desse o melhor ano. Porque veio na hora certa, nem um minuto antes ou depois. Por todos os momentos divinos. Enfim... por ser ele e estar comigo ;**
~ Família. Apesar de qualquer pesar que tenha ocorrido ou venha ocorrer.
~ Amigos de infância.
~ Novos amigos. Não vou citar nomes, nem vou dizer coisa do tipo 'Quem é, sabe'. Tem quem acha que é e não é - e quem é, mas talvez não saiba. Então, obrigada aos novos amigos. E aos novos colegas.
~ Aos professores. Em especial ao Velázquez e, principalmente, ao Simões.
~ Mallu Magalhães *:D*
~ Heath Ledger.
~ Oscar Wilde, sempre.
~ Jamie. Pela trilha sonora de todos os dias.
~ Dando nomes aos bois só nesse caso especial: Thalha e Rafa. Porque eu tenho os melhores melhores amigos.
~ Stephenie Meyer. Porque há tempos não sentia tesão por um livro, e Crepúsculo trouxe isso de volta.
~ Wagner Moura e Selton Mello.
~ Pessoas da Bienal.
~ Aos seres do sexo oposto que passaram pela minha vida nesse ano, tenha sido por um mês, sete minutos ou duas músicas do Lulu Santos. Quer o que tenha sido o que fizeram, brigadinha.
(...)
~ Por fim, Buda, Deus, Alá, ou quem quer que seja a força superior que tenta pôr um pouco de ordem nesse caos em que moramos. Por ter me mandado todas essas coisas & pessoas que me cercam.
Apesar das milhares de outras pessoas a quem eu gostaria de agradecer pelos mais diversos motivos, paro por aqui. Aos eventuais visitantes do Chateau, obrigada também. Um ano cheio de sucessos, realizações, pipocas, sombras e felicidades. Feliz 2009!
Eu vou ter o melhor reveillon de todos, e você(s)? xD
beijos e até,

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Letting that go. For good.


Férias. Soa bem, não? Nas tardes e noites em que uma matéria sobre paintball, um artigo sobre a desvalorização do ombudsman ou uma penca de textos esperando para serem fichados me tiravam o sono e me mascavam o juízo, era de se esperar que eu desejasse mais que ardentemente que as tais chegassem logo. No entanto, em verdade, em verdade vos digo, eu não implorava por férias, mas por um feriado. Um daqueles feriados de quatro dias. Páscoa, Carnaval, o que fosse. Eu não queria dois meses sem pisar no campus, só quatro míseros dias fazendo absolutamente nada.

Bom, feriados, não tive. Mas agora tenho férias. Nada de prazos, nada de horários; compromissos, apenas comigo mesma e alguns livros e filmes que, jurei, ia ler e assistir até o próximo começo de aulas. O diabos é que quase estou sentindo falta de ter que fazer algo. Sabe? De dormir pensando 'OK, amanhã à tarde preciso ler o texto do Thompson e, depois, fazer uns cortes na coordenada do paintball.' No começo, preenchi meu tempo com Crepúsculo. Literalmente não conseguia largar o livro e, conseqüentemente, terminei antes do previsto. E agora?
Achei filmes meus que ainda não tinha visto. Pensei ser ótimo, ocuparia as tardes. Vi Cats. Footlose. E... E... E mais nada. Sabe-se lá por quê, foi-se a vontade de passar a tarde largada na cama de casal dos meus pais olhando para imagens na tela. Era triste, mas estava entediada. Fato.

Dia desses, tive um desejo enorme de falar, mas não sabia ao certo com quem. Diante da insana vontade de conversar com alguém, pus-me a ligar para algumas poucas pessoas - duas, na verdade - que, eu sabia, não se importariam em trocar palavras comigo.

Ironicamente, nenhum dos contactados estava disponível para falar com a minha pessoa.

Com o infalível tédio típico das férias começando a maltratar meus nervos, decidi-me por fazer algo que, geralmente, me consome largamente o tempo: revirar alguns pertences de infância meus.

Na maioria das vezes, me contento em ler diários e agendas que já não cumprem sua função. Entretanto, percebi que, ultimamente, tenho evitado fazê-lo; é um tanto dolorido admitir, mas as letras coloridas que enchem aquelas linhas e as idéias e pensamentos nelas impregnados me causam certa vergonha. Custa-me crer que aquela pessoa costumava usar a minha pele.

Exatamente o que escrevi lá, não importa - o tempo, por certo, não irá apagá-los tão cedo, e eu, por sinal, apesar de não parecer, não gostaria que ele o fizesse. Basta apenas dizer que se trata de um breve relato daquilo que preenchia a minha vida, tão comum até aqueles dias: amores platônicos que nunca se realizaram, uma ou outra indisposição com meus pais, eventuais decepções escolares, atos de supostas grandes amigas que me chateavam. Tudo tão clichê, que, ao lê-los, me sinto apenas mais uma pessoa como tantas outras por aí - idéia que abomino com todas as minhas forças. Não que eu seja a mais original das criaturas, mas uma parte de mim gosta de acreditar que tenho alguma coisa, qualidade, defeito, sonho, o que seja, que me faz ao menos um pouquinho diferente.

E, nessas de olhar coisas antigas, sejam elas da infância ou dos meses que correram nesse ano, conhecidos fantasmas voltam ao Château... Pela última vez? Não, não penso que seja a última visita. Acho, sim, que eles vão me acompanhar por tempos indefinidos, assim como tenho certeza que, mais dia, menos dia, eu e os mais arredios nos acostumaremos uns com os outros.

Finalizando, faço minhas as palavras do querido Steven Tyler: When you don't look back, I guess the feelings start to fade away. Pra quem mais, por ventura, estiver precisando, fica a dica ;)


Arriverdeci e não esqueçam de ir pela sombra ;**