domingo, 10 de agosto de 2008

Like a boomerang through my heart.

'You sit and you stare and you wait and you wonder
You think "Maybe it's me and I'm being a fool."
You start to believe it's a curse that you're under
And you're just a doll for a boy who is cruel
With a pin...'



Ui, sumi. Perdão, mas tenho tido semanas bem movimentadas - mais do que eu queria, pra ser bem sincera. Estivesse com um humor formidável, citaria Júlio Verne: 'A minha vida está cheia, sem lugar para o tédio. É praticamente tudo o que peço.' Ah é, a minha vida está sem lugar para o tédio. Mas também está sem lugar para eu descansar devidamente e organizar minha cabeça. Sim, minha cabeça está, de fato, uma bagunça, o que não me agrada nem um pouco, se você quer saber. E você tem, acho eu, todo o direito de perguntar o porquê.
Poderia ser bem clichê e dizer que na verdade, na verdade o que está uma bagunça não é exatamente a minha cabeça - ou melhor, que a confusão dela é uma conseqüência do que tem passado o meu maltratado miocárdio. Pobre miocárdio! Ele não merece passar por isso - nem eu. Está todo arranhado, o coitadinho. E eu, que sou solidária, tenho quase uma mancha roxa pra cada hora em que pensei no assunto com uma certa revolta (não, não foi proposital. Primeiro, bati a mão na ponta da pia; depois a cabeça no vão da porta; algumas horas depois, os dedos da outra mão no vão de outra porta; e, por fim, a perna em algum lugar que esqueci). É, já sou naturalmente desastrada, chateada fico pior.
Já não bastasse os mais recentes arranhões do meu miocárdio (viu, mon cher, vou aliviar a sua culpa; nem falo em queimaduras, mas em arranhões), juntou-se a eles a infalível vingança do meu útero - sempre vem, e com uma regularidade que beira o prodígio. Estava ultra-sensível, e nem venha dizer que exagerei. Considero meus motivos muito plausíveis.
Aliás, essa minha auto-censura me dá nos nervos. Se fico chateada, logo penso que estou exagerando e tento fingir que está tudo bem. Meu querido, isso não é normal. Né? Há um tempo atrás, descobri uma técnica muito boa - dar-se prazo para acabar com a tristeza, ou raiva, ou o que quer que seja que você está sentindo. Daria muito certo, não fosse o fato de eu esquecer que, no meio tempo, você precisa se permitir sentir. Precisa realmente mergulhar. Meio como sofrer mesmo e, quando acaba o prazo, você segue em frente. Pois bem; não defini meu prazo ainda. Penso que uma semana, a partir de hoje, é suficiente. Desculpa, Claire, em cinco minutos não dá. Uma semana funciona melhor. Uma semana para eu me chatear, sentir raiva, sentir saudade, querer voltar para o começo, querer terminar logo tudo, me sentir como se não soubesse o que quero. E, depois do próximo domingo, adeus. Seguir em frente como se não houvesse mais arranhão algum. Os outros passaram, com muito tempo, mas passaram. Claro que esse é diferente - não estou desconsiderando o que passou, só pra constar. Mas vai passar. Até lá, meus óculos escuros e a minha capacidade - boa ou ruim, não sei - de esconder o que se passa aqui me darão cobertura.
Mais uma vez penso que estou exagerando. Tenho que parar urgentemente com essa mania. Pode até ser exagero, mas eu preciso pensar que não é.
Mon cher, isso definitivamente não cabe em um 'Hunrrum', 'Eu entendo', 'Eu compreendo'. No entanto, eu, de fato, entendo. Eu não fiquei com raiva - não como você pensa - e com certeza te perdôo. Mas dizer que mal dói, que já nem me importo tanto, que está tudo muito bem, obrigada, me deixaria com um nariz de fazer inveja ao menino que hoje é de verdade. De qualquer forma, foi ótima a experiência, e você é uma pessoa maravilhosa.
Nossa, cara de desabafo. Hey, ninguém anda por aqui, achei que podia ser um pouco mais... pessoal. A verdade? Era pra esse ser um posto sobre o começo das aulas. Sobre rever os amigos, conhecer novos professores, estar em disciplinas novas... Bom, fica pra próxima. Desculpem-me por hoje, mas precisava colocar isso em algum lugar, mesmo que o texto não faça muito sentido. Beijos, beijos, beijos, até ;*